05 outubro, 2006

13, 14, 15 semanas

Ok, ok... Eu sei que fiquei muito tempo sem postar. Mas vocês não têm idéia do trabalho que dá crescer e se desenvolver dentro de um útero.

Nas últimas três semanas muitas coisas diferentes aconteceram. Aqui dentro, principalmente. Meus dedos começaram a se formar, assim como minhas unhas. Meu cabelo começou a aparecer também. Cada vez mais deixo de ter cara de rato para ter cara de gente, apesar de que me falaram, lá de fora, que todo bebê nasce com cara de joelho.

Esta semana eu comecei a fazer movimentos respiratórios e, a medida que os meus rins começaram a excretar urina, começou a acumular o líquido amniótico. O engraçado é que as coisas parecem acontecer mais rápido aqui dentro do que lá fora.

Lá fora eu vi que minha mãe está mais disposta. Ela conversa comigo e eu adoro tomar banho com ela. Tenho pena dela à noite porque como eu estou crescendo, eu já estou tomando espaço da bexiga dela e ela precisa levantar pra fazer xixi toda hora. E como a barriga já apareceu, ela sente muitas dores nas costas.

Pelo que pude constatar, acho que os dois trabalham em alguma coisa com mentira. Talvez sejam políticos, talvez sejam vendedores. Seja lá o que for, eu percebo que eles se esforçam pra fazer as coisas de um jeito melhor por minha causa. E isso faz eu me sentir muito bem.

A questão do meu sexo ainda está nas paradas de sucesso da família. Ninguém pergunta dos meus dedos, dos meus rins ou do meu líquido amniótico. Só querem saber o sexo. Eu só queria dizer pra vocês que não sou eu quem decide isso. A ordem vem lá de cima, não tem nada a ver comigo.

Mas todo esse bla bla bla me fez pensar um bocado a respeito de homens e mulheres, mas isto já é assunto pra um outro post...

Obs: sobre os comments deixados, só tenho a dizer o seguinte:

1- André, eu não gosto de pagode. E sei que qualquer ser que tenha tido pelo menos 4 meses de gestação também não gosta. O nome do blog é só pra irritar meus pais.

2- Suélen, se quiser falar com meu pai, mande um e-mail pra ele. Neste blog você poderá falar comigo, entendeu?

3- Família: não me amem menos se eu não for menina, ta?